segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Sem nomes disponíveis, Grêmio deve continuar com Celso Roth em 2012

Quem ouvisse os protestos da torcida do Grêmio contra Celso Roth ao final da derrota por 3 a 1 para o Ceará, no sábado, não hesitaria em afirmar que o técnico tem seus dias contados no clube. O tom hesitante do presidente Paulo Odone ao falar sobre a questão também seria um indício de que o ciclo está encerrado. Contudo, a escassez de profissionais disponíveis no mercado poderá ser uma aliada do treinador na hora da definição.

Está descartada, por exemplo, a hipótese de Celso Roth não comandar a equipe nos dois jogos que faltam até o encerramento do Brasileirão. Ainda que sua relação com a torcida tenha se azedado. A direção entende que seria temerário expor o auxiliar Roger Machado, sobretudo num Gre-Nal que só vale para o rival, ainda em busca de uma vaga na Libertadores. Roger, a propósito, já teve seu contrato renovado, assim como o preparador físico Paulo Paixão e o treinador de goleiros Francisco Cersósimo. A renovação se encaixa no projeto do clube de contar com uma comissão técnica permanente, independentemente de quem seja o treinador.

Roth terá seu futuro definido em 5 de dezembro, um dia após o encerramento do campeonato. Só irá sair em caso de desastre nos jogos finais, o que tornaria insustentável sua situação. Ou se reivindicar um aumento salarial que fique acima do teto estabelecido pelo clube. Defensores de sua permanência argumentam que ele foi vitimado pela falta de qualidade no grupo. Com a chegada de reforços de peso, Roth teria condições de levar a equipe mais adiante. Foi o que aconteceu em sua passagem pelo Inter, em 2010, quando conquistou a Libertadores.

Não há no mercado, atualmente, disponibilidade de nomes com a experiência necessária para dirigir um time que passará a contar com jogadores de maior currículo, como o atacante Kleber. Para trazer profissionais com a experiência de Luiz Felipe Scolari ou Wanderley Luxemburgo, por exemplo, o Grêmio precisaria assumir o pagamento de valores astronômicos fixados a título de multa rescisória. Ney Franco, que conta com admiradores no clube, já mandou avisar que dará sequência ao projeto nas seleções de base.

—  Fala aí o nome de um treinador melhor do que o Roth que esteja disponível — provoca um dirigente.

A rejeição de parcela da torcida parece não perturbar Roth. Ele prefere valorizar a calorosa acolhida que teve na chegada, quando era apontado como único treinador capaz de desfazer a ameaça de rebaixamento, o que acabou conseguindo.

— O torcedor é passional. Principalmente da social do Grêmio, que é conhecida neste aspecto. Quando o time joga mal, eles têm que se manifestar — entende.

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