segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Paulo Odone impõe: Kleber tem que querer defender o Grêmio

Aguardado para domingo, o anúncio da contratação de Kleber serviria para aplacar o desconforto da torcida do Grêmio com a campanha do time no Brasileirão. A promessa de pronunciamento do presidente Paulo Odone alimentava os indícios de que o anúncio seria feito após o jogo contra o Palmeiras. A expressão aliviada dos dirigentes, depois da tensão de sexta-feira, apontava o final feliz. Impressão desfeita no final da tarde, quando soube-se que o centroavante pediu prazo até amanhã para decidir se aceita ou não a proposta.
Odone começou o domingo decidido a encerrar a novela, iniciada na quarta-feira, quando Kleber, em visita a Porto Alegre, conheceu a oferta do Grêmio. Sentia-se incomodado com a onda de críticas geradas pela demora no desfecho da negociação. Não gostou de ver dirigentes sendo chamados de "babacas", pela associação com o caso Ronaldinho, que disse estar certo com o Grêmio e depois assinou com o Flamengo. Manteve esse pensamento até o início da tarde, quando, no hotel que serve de concentração da equipe, recebeu um telefonema do próprio jogador. Com problemas pessoais para resolver, Kleber solicitava a prorrogação do prazo.
Foi o terceiro adiamento.
Quando retornou a São Paulo, Kleber prometera uma resposta para sexta-feira. Queria consultar os pais e a mulher antes de se decidir por morar em Porto Alegre. Depois, por meio de seu procurador, Giuseppe Dioguardi, solicitou que a direção o aguardasse até domingo. O prazo, agora, se estende até terça-feira. Odone aceitou. Acha que vale a pena esperar por um jogador "com a cara do Grêmio", por mais desgaste que a demora acarrete. Há a possibilidade da presença do empresário do jogador em Porto Alegre hoje.
- Se ele tiver vontade de nos ajudar, queremos muito. Apreciaria a participação dele conosco. Mas tem que querer. Tem que se manifestar publicamente. Dizer que quer defender o Grêmio - impôs Odone.
Nos bastidores, comenta-se que a demora de Kleber está relacionada a uma oferta do Corinthians. No sábado, o presidente Andrés Sanchez confirmou que a oferta está feita. Já não exibia mais o cuidado de sexta-feira, quando dissera que o Corinthians só entraria na disputa a partir da desistência do Grêmio. A rivalidade não será empecilho para que o Palmeiras aceite negociar, assegura o seu vice de futebol, Roberto Frizzo.
Já o Grêmio confia que o jogador será sensível especialmente aos seus argumentos financeiros. Embora não confirmada oficialmente, a proposta salarial seria de R$ 500 mil, mais R$ 5 milhões de luvas. O Corinthians ofereceria R$ 350 mil.

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